Ricardo R. Pinto
O perfil do indivíduo fascista é formado no individualismo e
na meritocracia que vem da democracia. A democracia não forma individualidades
ativas e conscientes. A base da democracia é o contrato entre pessoas por
direito concedido pelo Estado. Tem como parâmetro trocas mercantis, entre
proprietários e produtos com valor comercial agregado, não entre PESSOAS, entendidas
como indivíduos necessariamente sociais e que tem algo a compartilhar para
viver e não apenas sobreviver uns contra os outros. A manada de gado produzida
na democracia é a mesma que que vai para o abatedouro do fascismo. Não compreender isto impede qie se perceba como a República de Weimar na Alemanha pôde
produzir o nazismo ou como o período mais democrático que o Brasil já teve deu
luz ao governo Bolsonaro. A democracia não é o fim da história e nem é um valor
universal que serve para explicar todo tipo de liberdade e tolerância, a
democracia é apenas uma forma de enquadrar as pessoas em uma massa anônima e
amorfa chamada de povo, que sob a autoridade do Estado define a sua própria
servidão. Para além da democracia existe a verdadeira liberdade econômica, o
comunismo, contra o que se convencionou chamar de "economia", que
clama pela associação de indivíduos verdadeiramente livres, cujas formas
libertárias de associação concreta cabem na criatividade já demonstrada em
vários momentos da história. Estes momentos são protagonizados pelas classes
laboriosas e não baseados em Estados Nacionais ou utopias pré-estabelecidas.
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